Supercapacitores, também conhecidos como ultracapacitores, estão emergindo como uma tecnologia inovadora para melhorar o desempenho dos carros elétricos e otimizar o uso de energia.
Diferentemente das baterias tradicionais, os supercapacitores armazenam energia sem uma grande capacidade de carga, porém se destacam pela rapidez com que podem ser recarregados – cerca de dez segundos contra os habituais 45 minutos de um conjunto de baterias.
Esta tecnologia proporciona picos rápidos de força aos motores elétricos, ideal para situações de alta demanda onde a carga das baterias se esgota rapidamente. Além disso, suporta um número maior de ciclos de recarga e descarga em comparação com baterias convencionais.
A Universidade de Stanford destaca que os supercapacitores utilizam uma tecnologia distinta das células de energia empregadas em baterias convencionais, como as de íon-lítio, predominantes no mercado atual.
No setor automotivo, a primeira aplicação comercial de supercapacitores ocorreu no Lamborghini Sián, um supercarro que utilizou uma versão avançada dessa tecnologia, diferentemente do modelo Aventador que adotou uma forma mais básica.
Segundo a fabricante italiana, o supercapacitor oferece uma potência três vezes maior do que uma bateria de íon-lítio de peso equivalente, contribuindo para acelerações instantâneas especialmente em baixas marchas.
Com este sistema, o Sián consegue acelerar de zero a 100 km/h em 2,8 segundos e apresenta melhorias significativas no tempo de retomada de velocidade em comparação ao Aventador SVJ.
Apesar de seu uso atualmente se limitar a modelos de alto custo, espera-se que os supercapacitores se tornem mais acessíveis e comecem a ser implementados em veículos mais econômicos, seguindo o padrão de difusão de tecnologias avançadas no setor automotivo.
Com informações do UOL
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