Aleksandr Bortnikov, diretor do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), apontou a Ucrânia, os Estados Unidos e o Reino Unido como participantes no ataque ao teatro Crocus City Hall em Krasnogorsk, nos arredores de Moscou, ocorrido em 22 de março.
Bortnikov destacou a contribuição dos serviços secretos ucranianos no planejamento do ataque, que segundo ele, foi executado por islamistas radicais. Ele propôs que o Serviço de Segurança da Ucrânia fosse classificado como uma organização terrorista.
Embora o mandante do ataque ainda não tenha sido identificado, 11 suspeitos estão sob custódia e sendo interrogados.
Bortnikov afirmou que as investigações apontam para um aumento no número de cúmplices e revelou que a Ucrânia organizou treinamento para terroristas no Oriente Médio. Segundo o diretor do FSB, o ataque tinha como objetivo desestabilizar a Rússia e instigar o pânico na sociedade.
Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, também expressou convicção na participação da Ucrânia no incidente, ao ser questionado sobre a possível autoria do ataque.
O ataque ao Crocus City Hall, que estava prestes a sediar um show da banda de rock russa Picnic, foi marcado pela violência brutal, com agressores armados atirando nas pessoas e utilizando bombas incendiárias. O incidente resultou em uma rápida resposta das forças de segurança russas.
O presidente russo, Vladimir Putin, relacionou o ataque com as contínuas tentativas de confronto contra a Rússia, iniciadas em 2014, e enfatizou que os perpetradores buscavam refúgio na Ucrânia. Putin declarou que todos os responsáveis diretos pelo atentado foram detidos, tentando fugir em direção à fronteira ucraniana, onde supostamente encontrariam uma rota de fuga.
O episódio intensifica as tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia, além de envolver acusações diretas contra os Estados Unidos e o Reino Unido, aumentando a complexidade do cenário de segurança internacional. As autoridades russas continuam a investigar o ataque, buscando esclarecer todos os envolvidos e as motivações por trás do atentado terrorista.
Com informações da Sputnik