Em uma audiência realizada na Vara Especializada em Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Élcio Queiroz, Ronnie Lessa e Maxwell Corrêa, conhecido como Suel, acusados de envolvimento no assassinato de Marielle Franco, prestaram depoimento via videoconferência de diferentes presídios federais.
O trio é réu em um processo que investiga lavagem de dinheiro, relacionado ao caso que chocou o país.
Durante a audiência, Aline Siqueira, esposa de Maxwell Corrêa, solicitou ao juiz Bruno Vaccari a permissão para falar com o marido, alegando anos sem contato direto.
O pedido foi atendido sob a condição de que a conversa, permitida na presença dos presentes na sala, exceto os demais réus, não excedesse quinze minutos.
O diálogo entre Aline e Suel foi marcado por trocas de preocupações familiares e atualizações. Aline informou sobre uma recente operação da Polícia Federal, mencionando as prisões de indivíduos identificados apenas como Brazão, Chiquinho e o delegado Rivaldo.
Aline: Você está bem?
Suel disse que sim e Aline respondeu que “pensa na sua família”. “Estou com muita saudade de você”, declarou. Em seguida, a esposa diz:
— Teve uma operação da PF no domingo.
“Prenderam quem?”, perguntou Suel de prontidão.
— O Brazão, o Chiquinho e o delegado Rivaldo.
A menção a estas prisões despertou o interesse de Suel, que inquiriu sobre o paradeiro do delegado Daniel Rosa, anteriormente encarregado da Delegacia de Homicídios durante a investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes entre 2019 e 2020, antes de ser substituído em setembro de 2020.
“E o delegado Daniel Rosa?”, pergunta Suel.
“Esse não”, respondeu Aline.
— Então, ele fugiu, né?
O juiz Bruno Vaccari decidiu interromper a conversa antes do tempo previsto, quando o nome de Daniel Rosa foi trazido à discussão.
Com informações de Lauro Jardim, do Globo.
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