O general Mauro Lourena Cid compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília nesta terça-feira, 26, para prestar depoimento relacionado às investigações que envolvem seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid.
Cezar Bittencourt, advogado que representa ambos, declarou que o depoimento ocorreu “sem surpresas” e enfatizou que o general não pretende realizar uma colaboração premiada.
Durante o interrogatório, que durou mais de duas horas e foi registrado em três folhas, Lourena Cid esclareceu que não reteve joias pertencentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ele mencionou que avaliou dois conjuntos de joias recebidos durante viagens internacionais, os quais, após avaliação em Miami, foram considerados sem valor significativo, sendo identificados como de latão.
Além disso, o general informou à PF sobre a posse de aproximadamente US$ 68 mil destinados a compras no exterior.
Lourena Cid serviu como oficial da reserva ocupando uma posição na agência brasileira de promoção de exportações e investimentos nos Estados Unidos durante a gestão do ex-presidente Bolsonaro, com um salário de cerca de R$ 63 mil.
O advogado Bittencourt também abordou as declarações recentes do tenente-coronel Mauro Cid, após o vazamento de áudios criticando a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Bittencourt assegurou que não há risco para a delação do tenente-coronel, citando que generais que foram ouvidos corroboraram sua versão dos fatos.