Lideranças do governo pressionam por redução acelerada da Selic

Cadu Gomes / VPR)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, fizeram um apelo ao Banco Central para uma diminuição mais rápida das taxas de juros no país.

Durante eventos realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro, eles enfatizaram a importância de cortes mais agressivos na taxa Selic como meio de impulsionar o crescimento econômico do Brasil.

Haddad citou recentes sinalizações do Federal Reserve dos Estados Unidos, que indicou a possibilidade de cortes nos juros estadunidenses de até 0,75 ponto percentual ainda este ano.

Ele acredita que tais movimentos internacionais poderiam influenciar positivamente as decisões do Banco Central do Brasil, permitindo uma taxa Selic mais baixa do que as projeções atuais, que giram em torno de 9% até o final de 2024.

As declarações de Haddad foram veiculadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, onde expressou otimismo com o cenário internacional favorável.

Alckmin, por sua vez, adotou uma postura crítica aos juros altos, apontando-os como um obstáculo para o desenvolvimento econômico.

O vice-presidente destacou a melhoria de vários indicadores econômicos, como a redução do risco país, da taxa de câmbio, do desemprego e da inflação, além de um crescimento no Produto Interno Bruto (PIB).

Ele salientou a competitividade do câmbio atual, que favorece a exportação e o turismo, e mencionou um estudo do Ipea que projeta um aumento de até 12% no PIB em 15 anos, impulsionado pela reforma tributária.

Essa conjuntura sugere um alinhamento entre as lideranças governamentais na busca por uma política monetária mais flexível, visando estimular a atividade econômica num cenário de indicadores favoráveis.

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