A Polícia Federal (PF) está investigando as visitas recebidas por Jair Bolsonaro durante sua estadia na Embaixada da Hungria, em Brasília, no mês de fevereiro. A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Notavelmente, uma dessas visitas foi de seu filho, Carlos Bolsonaro, na noite de 13 de fevereiro, conforme fontes ligadas à família e revelado pelo jornal americano The New York Times, que teve acesso a vídeos do sistema de segurança da embaixada.
Os registros de vídeo mostram a chegada de Jair Bolsonaro à embaixada no dia 12 de fevereiro, permanecendo até o dia 14.
Durante sua estadia, um homem, identificado pelas fontes como Carlos Bolsonaro, foi visto entrando na embaixada com uma mochila e saindo 38 minutos depois, sendo despedido por outro homem que aparenta ser Bolsonaro.
Esta visita ocorre em um contexto em que a PF suspeita que o ex-presidente tenha utilizado a representação diplomática húngara para encontros com aliados, contrariando determinações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A estadia de Bolsonaro na embaixada húngara aconteceu após a apreensão de seu passaporte pela PF, em meio a investigações sobre uma suposta trama para impedir a posse do presidente Lula.
A imunidade de embaixadas sob a Convenção de Viena impede ações como buscas ou prisões sem consentimento do país representado, neste caso, a Hungria.
Esta situação levou parlamentares a solicitar ao STF a prisão preventiva de Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, por sua vez, solicitou esclarecimentos sobre a visita, que foram entregues pela defesa de Bolsonaro.
A relação próxima entre Bolsonaro e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, é destacada, especialmente considerando encontros anteriores entre os líderes, o mais recente durante a posse de Javier Milei, em Buenos Aires.
A investigação da PF sobre essas visitas e a resposta do ex-presidente ao STF são partes cruciais do desenvolvimento dessa história, que continua a gerar amplo debate e preocupação no cenário político brasileiro.