Depois do vinho, da botina e do tênis da marca Bolsonaro, um novo produto promete fazer sucesso entre os fanáticos pelo ex-presidente: tornozeleiras eletrônicas Bolsonaro.
Brincadeiras à parte, é cada vez mais possível que o ministro Alexandre de Moraes imponha algum tipo de monitoramento sobre o ex-presidente, em virtude de sua tentativa de fuga para embaixada na Hungria.
Segundo diversos juristas ouvidos pelo Cafezinho, Jair Bolsonaro (PL) pode ser submetido a medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, antes de uma eventual prisão pela Polícia Federal (PF).
A medida, que seria imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), visa mitigar o risco de fuga do ex-presidente enquanto ele está sob investigação pelo STF.
A imposição da tornozeleira ocorreria antes de qualquer pedido formal de prisão, considerando-se o impacto político que uma prisão preventiva de Bolsonaro poderia gerar neste momento, possivelmente fortalecendo sua imagem e alimentando discursos de vitimização.
Bolsonaro enfrentaria a prisão apenas após a conclusão do processo no Supremo, o que inclui denúncia pela Procuradoria-Geral da República e aprovação pela maioria dos ministros do STF.
Informações apontam que a tentativa de Bolsonaro de obter asilo político na Hungria, como capturado por câmeras na Embaixada da Hungria e reportado pelo New York Times, adicionou uma camada de complexidade ao caso, sugerindo uma possível tentativa de fuga.
Em defesa, Bolsonaro afirmou que suas visitas à embaixada tinham como objetivo manter relações diplomáticas, conforme declarou ao Metrópoles. Ele enfatizou manter amizades com líderes globais, discutindo interesses nacionais, descartando outras especulações.
Precedentes de Alexandre de Moraes em avaliar pedidos de asilo como justificativa para manter prisões preventivas, como no caso do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), reforçam essa possibilidade. A decisão de 2021 do ministro sinalizou a relevância dessas tentativas no contexto das medidas cautelares.