Bruno Bianco, que foi advogado-geral da União no mandato de Jair Bolsonaro, está no centro de uma situação que pode complicar significativamente a posição legal do ex-presidente. Isso ocorreria se Bianco confirmar à Polícia Federal (PF) os relatos do ex-comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior, sobre um pedido de Bolsonaro para um “ato” visando contestar o resultado eleitoral de 2022.
Conforme detalhado por Baptista Júnior, em reunião no Palácio da Alvorada em 1º de novembro de 2022, dois dias após a vitória de Lula nas urnas, Bolsonaro teria procurado Bianco indagando sobre medidas jurídicas para contestar o pleito. Bianco, na ocasião, teria informado ao então presidente que não existiam fundamentos legais para tal ação, afirmando a integridade e a legalidade do processo eleitoral.
Caso seja convocado a depor como testemunha pela PF, Bianco está preparado para corroborar a narrativa de Baptista Júnior. O ex-advogado-geral pretende declarar que, sob sua administração, a AGU não foi consultada formalmente sobre maneiras de impugnar o resultado das eleições e que sempre manteve a postura de respeito à legalidade do processo eleitoral. Bianco deve enfatizar ainda sua participação ativa no processo de transição governamental, demonstrando o papel institucional da AGU durante esse período crítico.
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