Boletim Focus mostra nova queda na projeção da inflação e crescimento do PIB em 2024

AGÊNCIA BRASIL

Dados recentes do Relatório Focus, divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira, 26, apresentam uma revisão para baixo na expectativa de inflação para 2024, ao mesmo tempo em que as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) demonstram uma tendência de alta pela sexta semana consecutiva.

]A publicação semanal, tradicionalmente esperada às segundas-feiras, sofreu atrasos devido às paralisações dos funcionários do Banco Central.

Segundo o relatório, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 foi ajustada de 3,79% para 3,75%.

Para 2025, a estimativa de inflação também foi reduzida, passando de 3,52% para 3,51%. A expectativa para 2026 se mantém estável em 3,50%, número que se repete há 38 edições do boletim para o mesmo ano, assim como para 2027.

Em relação ao PIB, a mediana das expectativas para 2024 indicou um aumento de 1,80% para 1,85%. Para 2025, a projeção permaneceu fixa em 2,0% pela décima quinta semana seguida, mesma estabilidade observada para 2026 e 2027, com expectativas de crescimento mantidas em 2,0%.

No que diz respeito à taxa básica de juros, Selic, as projeções permaneceram inalteradas ao longo do horizonte de previsão do Relatório Focus.

Para 2024, a expectativa dos analistas é que a Selic se mantenha em 9,00%, patamar este estável pelas últimas 13 semanas.

A previsão para 2025 segue em 8,50% há 16 semanas, com a projeção para 2026 também em 8,50%, esta última mantida por 34 semanas consecutivas. Para 2027, a expectativa para a Selic é de 8,50%, consolidada há 33 semanas.

As projeções para o câmbio não apresentaram grandes alterações. A expectativa para o dólar americano em 2024 se manteve em R$ 4,95. Para 2025, a projeção continuou em R$ 5,00, enquanto a estimativa para 2026 ajustou-se levemente, de R$ 5,04 para R$ 5,03.

Para 2027, a previsão para o câmbio viu uma redução, passando de R$ 5,10 para R$ 5,07.

Esses dados sinalizam uma perspectiva cautelosamente otimista dos analistas para a economia brasileira nos próximos anos, equilibrando expectativas de inflação mais controlada com um crescimento econômico progressivo.

A continuidade das projeções estabilizadas para a taxa Selic e as sutis variações nas expectativas de câmbio também refletem uma visão de estabilidade no médio prazo.

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