O Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido de arquivamento da investigação sobre a suposta falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi anunciada na segunda-feira, 25 de março.
De acordo com Moraes, o processo investigativo segue seu curso normal, destacando que não é apropriado que o investigado dite o ritmo das atividades de investigação.
Moraes ressaltou a importância do andamento regular da investigação, indicando que o arquivamento neste momento seria prematuro.
“A autoridade policial apresentou relatório da investigação e os autos foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República, para manifestação. A presente investigação, portanto, está em regular andamento, de modo que o arquivamento seria absolutamente prematuro”, destacou o ministro.
Esta declaração ocorre após a Polícia Federal indiciar Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e outras 15 pessoas por envolvimento no caso. As alegações incluem a possibilidade de vinculação da fraude com tentativas de golpe de Estado.
A defesa de Bolsonaro contesta as acusações, questionando a credibilidade da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e alegando ausência de provas concretas que conectem Bolsonaro diretamente ao esquema de falsificação.
A situação agora aguarda a manifestação da Procuradoria-Geral da República, que irá decidir sobre a continuidade das investigações, possível denúncia dos envolvidos, ou o arquivamento do inquérito.