A Polícia Federal (PF), em colaboração com a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público do Rio de Janeiro, realizou uma operação que resultou na prisão de suspeitos acusados de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco.
Entre os detidos estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro; Chiquinho Brazão, deputado federal; e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, este último acusado de coautoria no crime.
A investigação revelou que, durante o planejamento do homicídio, os investigados conseguiram infiltrar um membro da milícia no PSOL, partido de Marielle, para monitorá-la e coletar informações. A informação é da coluna de Juliana Dal Piva, no ICL.
O infiltrado, identificado como Laerte Silva de Lima, foi responsável por informar aos irmãos Brazão sobre a oposição de Marielle a novos loteamentos em áreas controladas por milícias na Zona Oeste do Rio, região de atuação dos irmãos juntamente com grupos paramilitares.
Laerte Silva de Lima já foi réu em outra investigação que apurava a prática de organização criminosa em Rio das Pedras e Muzema, processo no qual Adriano da Nóbrega, apontado como líder do “escritório do crime”, também foi implicado.
Como parte da operação, foram emitidos 12 mandados de busca e apreensão, que incluíram diligências na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado. Durante as buscas, documentos foram apreendidos e dispositivos eletrônicos foram recolhidos para análise pericial.