Nomeado pelos generais Braga Netto e Richard Nunes para ser chefe da polícia civil no estado ainda em 2018, Rivaldo Barbosa, já tinha plano para executar Marielle Franco.
Segundo o relatório da Polícia Federal (PF) o crime já era idealizado desde setembro do ano anterior e só não havia ocorrido antes por exigência do próprio Rivaldo que determinou que o crime só poderia ser cometido dentro de circunstâncias específicas. Uma delas é a de que o crime não poderia ocorrer caso a vereadora estivesse saindo da Câmara da cidade.
Para fundamentar a alegação a PF anexou ao relatório um depoimento do assassino confesso, Ronnie Lessa, executor do crime e que tinha contato com Rivaldo:
Lessa chegou a revelar que Rivaldo cogitou cancelar a operação diante da impossibilidade de execução da operação sob seus termos dando a entender que diversas tentativas foram abortadas por este motivo.
Quando Rivaldo ascende ao comando da Polícia Civil no estado, já teriam passados mais de 7 meses de tentativas e operações voltadas para o assassinato de Marielle Franco. Além disso, a nomeação de Rivaldo pelos militares contrariou orientações da inteligência da própria polícia civil e também recomendações de procuradores do estado, que eram contra a indicação por conta do histórico problemático do policial com o jogo do bicho no Rio de Janeiro.
Porém, a própria investigação da PF também revelou que um ano antes do crime, o Escritório do Crime havia infiltrado Laerte Silva de Lima nas fileiras do PSOL, partido de Marielle, ou seja. Quando Rivaldo chegou ao topo da PC-RJ, já atuava na orquestração do crime há um ano.