Rivaldo Barbosa foi indicado para a liderança da Polícia do Rio na véspera do assassinato de Marielle
Nomeado para o cargo de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro no dia anterior ao homicídio de Marielle Franco, Rivaldo Barbosa foi detido na manhã de domingo, acusado de envolvimento no caso. A escolha de Barbosa para o posto veio por indicação do General Walter Braga Netto, que atuava como Interventor Federal na segurança pública do estado naquele período.
Em sua cerimônia de posse, Barbosa ressaltou o combate à corrupção como um dos focos principais de sua gestão, mencionando a importância do aprimoramento das operações de inteligência para enfrentar crimes financeiros.
Barbosa também destacou a necessidade de cooperação entre as diferentes instituições, sublinhando que a intervenção federal procurava atuar em harmonia com as entidades locais para promover a ordem e a segurança públicas.
Até o momento, as circunstâncias exatas que levaram às acusações contra Rivaldo Barbosa permanecem obscuras, embora haja indícios de que ele possa ter interferido nas investigações sobre o assassinato de Marielle e Anderson, investigações essas que têm sido objeto de crítica ao longo dos seis anos em curso.
Além disso, Barbosa enfrentou acusações pelo Ministério Público do Rio de Janeiro relacionadas a delitos na execução da Lei de Licitações. Ele, juntamente com Carlos Leba, seu predecessor, foi incriminado em 2018 por realizar contratações emergenciais de serviços de tecnologia da informação sem licitação, envolvendo valores que superam os R$ 19 milhões. O Ministério Público exigiu sua remoção imediata do cargo devido a essas infrações.