Mais de cinco meses após o início dos confrontos entre Israel e os palestinos em Gaza, a região enfrenta uma grave crise humanitária, com relatos crescentes de fome, escassez de medicamentos e água potável.
Segundo reportagem da Reuters, médicos e agências humanitárias alertam sobre as condições alarmantes no território.
O hospital Kamal Adwan reportou a morte de 27 crianças devido à desidratação causada pela desnutrição nas últimas semanas. Casos semelhantes foram registrados no Hospital al-Shifa, em Gaza, e na cidade de Rafah, no sul, onde mais de 1 milhão de palestinos buscaram abrigo.
Durante uma visita ao centro de saúde al-Awda, em Rafah, jornalistas da Reuters testemunharam a severidade da desnutrição em pelo menos 10 crianças. A autenticidade dos casos relatados pelo ministério da Saúde palestino não pôde ser verificada de forma independente pela agência de notícias.
Um alerta emitido pela Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), um órgão que inclui agências da ONU e grupos de ajuda global, indica que, sem uma intervenção urgente, a fome poderá alcançar níveis críticos no norte de Gaza até maio. Cerca de 300 mil pessoas estão presas na região devido aos combates, enfrentando o risco de “níveis extremamente críticos de desnutrição aguda e mortalidade”, afetando mais de dois terços da população local.