Representantes da comunidade brasileira residente no Líbano manifestaram ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Itamaraty, sua insatisfação com a recente visita dos governadores de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e de Goiás, Ronaldo Caiado, ambos ligados a correntes políticas bolsonaristas, ao Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
A reação decorre do envolvimento de Netanyahu em operações militares na Faixa de Gaza, que resultaram em um elevado número de baixas palestinas.
A insatisfação foi comunicada durante uma missão do Itamaraty ao Oriente Médio, que incluiu paradas na Jordânia, Cisjordânia, Líbano e Arábia Saudita, liderada pelo Ministro Mauro Vieira.
Segundo relatos, a imagem dos governadores ao lado de Netanyahu foi recebida negativamente pela diáspora brasileira no Líbano, especialmente considerando o histórico de conflitos na região.
A comunidade brasileira no Líbano, estimada em cerca de 22 mil pessoas, inclui aproximadamente 4 mil indivíduos que foram obrigados a realocar-se devido a ataques militares.
Embora a tensão entre Israel e Hamas tenha diminuído desde outubro, preocupações quanto a um possível agravamento do conflito permanecem.
Os governadores Caiado e Tarcisio de Freitas justificaram a visita como uma forma de demonstrar oposição à postura do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em relação às ações militares de Israel em Gaza.
Netanyahu, por sua vez, expressou satisfação com a visita, considerando ambos os governadores como “bons amigos de Israel”. A viagem, que começou no domingo e está programada para terminar na sexta-feira, ocorre em um momento de intensas discussões políticas e diplomáticas sobre a situação na Faixa de Gaza.
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