Conforme revelado pela coluna, quem levou o nome de Rivaldo Barbosa, arquiteto da morte de Marielle Franco, para o gabinete de intervenção federal no Rio de Janeiro comandado pelo general Braga Netto foi o Comando Militar do Leste (CML) que na ocasião também era comandado pelo próprio general.
Em depoimento, o general Richard Nunes já havia dito à investigadores que conhecerá Rivaldo durante os trabalhos da Força de Pacificação na comunidade da Maré.
Porém, outro ponto que liga o Braga Neto ao alvo de prisão preventiva na operação de hoje é o general Mauro Sinott que foi chefe de gabinete de Braga Netto no CML e na intervenção. Sinott atuou com Rivaldo Barbosa na ocupação militar complexo da Maré.
Sinott era comandante da 6ª Brigada de Infantaria Blindada de Santa Maria, Rio Grande Sul quando em 30 de maio de 2014, assumiu o posto de número dois no comando da força de pacificação na comunidade. O general também esteve na ocupação da comunidade da Rocinha, onde Rivaldo também esteve presente. Meses mais tarde também participou da polêmica missão brasileira no Haiti.
Em 2015 Sinott foi comandante da Brigada de Operações Especiais, em Goiânia (GO). Onde foi encarregado de planejar e desenvolver as operações de contra terror para os Jogos Olímpicos do Rio.
Vale ressaltar que, embora não existam evidências que desabonem a passagem de Sinottt pela brigada, as forças especiais do exército brasileiro, desde 8 de janeiro de 2023 são alvo de desconfiança por conta das inúmeras evidências de que diversos de seus membros atuaram ou se disponibilizaram para as conspirações golpistas de 2022 que visavam suas as eleições daquele ano.