O pastor evangélico Anderson Silva, que ficou famoso ao postar um vídeo ao lado do fedelho bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) dizendo que orou a Deus para que “arrebentasse a mandíbula” do presidente Lula, parece que conseguiu exorcizar seus demônios. Em vídeo postado no Instagram na semana passada, ele se disse arrependido de ter apoiado o difusor de ódio Jair Bolsonaro. “Vergonha”, confessou!
Na incisiva gravação, o religioso admite que a “bolsonarização” afastou crentes que se identificavam com a sua igreja e ressaltou que é um “desrespeito a Jesus ter um pastor de direita ou de esquerda”. Ele ainda afirma que parte das denominações evangélicas idolatra Jair Bolsonaro, apesar de todos os seus crimes. Na semana retrasada, ele já havia pedido aos seus fiéis que não fosse ao ato organizado pelo lobista da fé Silas Malafaia em apoio ao ex-presidente fujão. “O evangelho não é o bolsonarismo”, alertou.
No ano passado, quando o encapetado pediu a Deus para que “arrebentasse a mandíbula” de Lula, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, solicitou que ele fosse investigado. Anderson Silva relata agora que recebeu ligações da PF e que repensou as suas atitudes endemoniadas. A conferir se esse arrependimento é verdadeiro.
Pastora do Pix e o estelionato espiritual
O pastor é famoso por suas polêmicas. Como relembra o site UOL, “em 2021, o fundador do movimento ‘Machonaria’, publicou um vídeo em que acusava Renálida Lima, conhecida como a ‘pastora do Pix’, de cometer ‘estelionato espiritual’ ao usurpar ‘da boa-fé de pessoas, prometendo aquilo que Deus não prometeu, em benefício próprio’”. O virulento ataque à pastora acabou lhe rendendo um processo na Justiça por calúnia, difamação e injúria, mas ele se deu bem. Na semana retrasada, o juiz André Silva Ribeiro rejeitou o pedido de indenização de R$ 15 mil da milionária Renálida Lima.
A briga entre as duas “celebridades evangélicas” só deteriora ainda mais a imagem dessas igrejas. Como registrou reportagem da Folha de janeiro passado, “a autodeclarada pastora Renálida Lima, 39, que acumula mais de três milhões de seguidores no Instagram, publica conteúdos não somente ligados à religião, mas também ostentando uma vida de luxo. Nos últimos dias, ela começou a receber críticas pela vida de viagens, roupas de grife, joias e procedimentos estéticos que divulga em suas redes”.
“A ostentação ganhou repercussão nas redes sociais. Em pouco tempo, incontáveis cortes nas redes sociais começaram a viralizar, com críticas, piadas, imitações e alguns apelidos também, como, por exemplo, ‘Gretchen gospel’, ‘profeta sensual’, ‘Jezabel gospel’, ‘pastora da ostentação’ e a alcunha mais usada: ‘pastora do Pix’”. Na briga com o pastor Anderson Silva, que agora se diz arrependido do seu bolsonarismo, a pastora se deu mal!
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