EUA ordenam Ucrânia a parar de atacar refinárias de petróleo da Rússia

ALEXANDER ZEMLIANICHENKO JR (BLOOMBERG)

O governo dos Estados Unidos deu uma ordem à Ucrânia para que interrompa os ataques contra a infraestrutura energética da Rússia.

De acordo com informações publicadas pelo Financial Times, baseadas em relatos de três fontes anônimas, a preocupação americana reside no potencial desses ataques para elevar os preços globais do petróleo e provocar represálias russas.

Os avisos de Washington, dirigidos a altos funcionários ucranianos, refletem o temor de consequências econômicas globais e de uma escalada no conflito.

Fontes indicaram ao jornal que ataques ucranianos com drones têm atingido refinarias de petróleo, terminais e depósitos na Rússia, gerando frustração na Casa Branca.

Há também a preocupação de que a continuidade desses ataques possa levar a Rússia a retaliar contra infraestruturas energéticas cruciais para o Ocidente, incluindo o oleoduto CPC, que é vital para o transporte de petróleo do Cazaquistão para o mercado internacional e é utilizado por empresas ocidentais como ExxonMobil e Chevron.

Um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA afirmou ao Financial Times que os Estados Unidos “não encorajam nem permitem ataques dentro da Rússia”, evidenciando a posição cautelosa do governo americano diante da complexidade do conflito.

Este apelo surge em um momento politicamente sensível para o presidente americano Joe Biden, que enfrenta desafios relacionados ao aumento dos preços da gasolina no contexto de sua campanha de reeleição. Os preços do combustível subiram significativamente, intensificando as preocupações políticas e econômicas domésticas.

A Ucrânia, por sua vez, realizou recentemente dois de seus maiores ataques de drones contra a Rússia, mirando sete instalações energéticas em dias consecutivos, em meio a tensões contínuas e sanções ocidentais ao setor de energia russo.

O aumento nos preços do petróleo, que subiram cerca de 15% este ano, reflete o impacto dessas dinâmicas no mercado global de energia, exacerbando preocupações sobre a estabilidade econômica e a segurança energética internacional.

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