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Novo Datafolha traz alívio para o governo

A pesquisa vem na mesma onda que outras, mas traz alívio para o governo porque nao caiu mais do que nas pesquisas anteriores divulgadas recentemente. Segundo uma fonte do Planalto ouvida pelo Cafezinho, a sensação é de alívio. “Era o esperado, mas aparentemente o pior já passou”, disse essa fonte. No miolo da pesquisa, a […]

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A pesquisa vem na mesma onda que outras, mas traz alívio para o governo porque nao caiu mais do que nas pesquisas anteriores divulgadas recentemente.

Segundo uma fonte do Planalto ouvida pelo Cafezinho, a sensação é de alívio. “Era o esperado, mas aparentemente o pior já passou”, disse essa fonte.

No miolo da pesquisa, a avaliação do terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um empate técnico entre aprovação e rejeição.

De acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira, 21, que entrevistou 2.002 eleitores em 147 cidades, 35% dos entrevistados classificam a gestão do petista como ótima ou boa, enquanto 33% a veem como ruim ou péssima, e 30% a consideram regular.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

O estudo também mostra que 56% dos entrevistados acreditam que sua vida permaneceu inalterada desde o início do terceiro mandato de Lula, enquanto 25% sentem melhorias e 20% veem sua situação piorada.

Entre os grupos demográficos tradicionalmente associados ao Partido dos Trabalhadores (PT), a aprovação do presidente se destaca. Entre os eleitores com renda de até R$ 2.820, representando 57% da população mais pobre, 40% avaliam o governo como ótimo ou bom.

Este índice se mantém elevado entre os eleitores mais velhos e menos instruídos, bem como entre os residentes da região Nordeste.

A queda na avaliação do terceiro governo de Lula foi apenas entre o segmento evangélico, que foi altamente manipulado por políticos de extrema-direita sobre a questão de Israel nas últimas semanas. Por outro lado, a aprovação de Lula entre católicos se mostrou inalterada.

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Tiago Silva

22/03/2024 - 09h34

Infelizmente, ainda há equívocos nessas análises. Reitero que não se perdeu segmento que nunca tinha sido conquistado e por isso o índice de ótimo/bom entre evangélicos altera-se pouco. O que ocorre é que parte destes evangélicos que achavam o governo regular estão sendo objeto de politização através da “guerra cultural”, principalmente via Micheque (buscando ser alternativa eleitoral frente a impossibilidade do marido em concorrer às próximas eleições) e Pastores (buscam mais mamadas públicas que não interessam aos eleitores evangélicos, mas interessam muito aos pastores e ainda decepciona o eleitorado de esquerda ou de classe média que acha que estaria sendo excluída das benesses governamentais).

A Direita está em processo de politização de seus eleitores, enquanto a esquerda tem parcela pequena de seus eleitores politizada ou ideologizada e com o envolvimento com o Centrão/Direitão perde-se mais oportunidade de ocorrer essa politização. E após esse processo de politização do eleitorado de direita… não adianta fazer mais nada, pois aí depois que viram bozominions, a percepção desse público sempre vai estar turva via ideologização.

Nesse recorte de apenas evangélicos também é falho, pois deveriam cruzar os seguintes dados evangélicos x segmento de renda (o que poderia especificar qual parte desses evangélicos está sendo mais politizado… E que intuo que seja do segmento de 2 a 5 SM e 5 a 10 SM, posto que se acham “empresários” – para verem como é ainda muito nocivo não tributarem Lucros e Dividendos, assim como manterem as faixas do Simples Nacional tão extensas, em detrimento do que ocorre no resto do mundo). [Sugestão simples: era pra ter aumentado a faixa de isenção do IRPF para o trabalhador que ganha até R$ 5.000,00 e para o MEI que ganha até R$ 5.000,00, para de outro lado começar a tributar mais os lucros e dividendos (inclusive do Simples Nacional) para receitas acima de 10 SM e aí esse pessoal se achar incluído nas preocupações do Governo].

Além disso, Ricardo Kotcho levanta questão interessante: o governo nesse terceiro mandato apenas tenta fazer o que fez em mandatos passados (inclusive mesmos erros como aumentar o endividamento da população via FIES ou Minha Casa e Minha Vida que entra na lógica da dívida e também viram presas fáceis da ideologisação do “eu-empresa/empresário”), sem o governo apresentar nada de projeto novo ou marca nova de governo. [Sugestão: Deveriam fazer Reformas da Tributação da Renda, Patrimônio e Herança contra os Super-Ricos, além de um programa habitacional para que os cidadãos fugissem do aluguel ou pagamento de financiamentos a bancos/governos, que fosse no sentido de buscar uma reorganização dos centros urbanos para que promovessem “Bairros Sociais” e que não tivessem apenas casas, mas também toda uma infraestrutura estatal nesses bairros como escolas, núcleos de de universidades, hospitais universitários, área para comércio, etc].

Ou seja, se apenas focarem em dados rasos e poucas ações… continuarão perdendo eleitores para a ideologização promovida pela “guerra cultural” que continua intensa mesmo após as eleições.


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