Alvo de constantes frituras e fogo-amigo por figuras como o deputado federal José Guimarães (PT) e o ministro da Casa Civil Rui Costa (PT), o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha (PT), está em alta no governo, principalmente com o presidente e com outro nome importante: o senador baiano Jaques Wagner (PT).
Segundo interlocutores, ambos possuem uma excelente relação, o que surpreende alguns aliados do governo que hoje empreendem uma espécie de guerra fria com o que chamam jocosamente de ‘República do acarajé’, nome dado aos políticos do diretório baiano do PT e aliados, como seria o caso de Guimarães, filiado ao PT do Ceará mas que também dificulta a vida de Padilha.
Ainda dentro da própria base há quem acuse Guimarães de estar servindo ao presidente da Câmara, o deputado alagoano Arthur Lira (PP), e não ao governo.
No governo, também já se chegou à conclusão de que os problemas de articulação não são frutos de um suposto mau trabalho de Padilha. Entre os problemas listados estariam a maneira como os ministros trabalham: de maneira isolada, com pouco diálogo entre si e também com o Congresso Nacional, algo que o presidente Lula verbalizou na última reunião ministerial.
A lógica é simples: tirar o Padilha é usar o ministro como boi-de-piranha para problemas que não seriam removidos com a sua saída. Não é por menos que o próprio Lula entrou em campo para reconstruir as pontes entre Padilha e Lira, que até ano passado queria Guimarães na chefia do SRI.
Resta aguardarmos para saber se Lula seguirá pacificando a questão ou se terá o nome jogado na fogueira numa próxima crise.