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MJSP e governo dos EUA promovem treinamento sobre detecção e prevenção de ataques em massa em escolas

O objetivo é trocar experiências e aprender as melhores práticas na repressão dos crimes cometidos na internet, principalmente aqueles que envolvem o ambiente escolar O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com o governo dos Estados Unidos, realiza entre terça (19) e quinta-feira (21), em Brasília, o treinamento sobre detecção e prevenção […]

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Isaac Amorim/MJSP

O objetivo é trocar experiências e aprender as melhores práticas na repressão dos crimes cometidos na internet, principalmente aqueles que envolvem o ambiente escolar

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com o governo dos Estados Unidos, realiza entre terça (19) e quinta-feira (21), em Brasília, o treinamento sobre detecção e prevenção de ataques em massa em escolas.

O objetivo é trocar experiências e aprender as melhores práticas na repressão dos crimes cometidos na internet, principalmente aqueles que envolvem o ambiente escolar. Durante os três dias de evento, serão ministradas palestras, com a troca de experiências, cases bem-sucedidos e os ensinamentos para eventuais situações futuras.

O secretário Nacional de Segurança Pública do MJSP, Mário Sarrubbo, ressaltou a importância da prevenção às possibilidades de ataque em escolas. “Não podemos ficar de fora desse debate. Esse intercâmbio entre Brasil e o governo americano é muito importante, uma vez que vai permitir trocar expertises e adquirir conhecimento. Assim, vamos proteger e fortalecer a sociedade civil e fortalecer a cidadania. Esse é o nosso papel”, disse. “As nossas crianças têm acesso à internet e a informações deturpadas, podendo ser influenciadas por pessoas, por verdadeiros criminosos, por pessoas muitas vezes até doentes, que podem trazer um prejuízo muito grande à nossa sociedade, em especial às nossas crianças nas escolas”, complementou Sarrubbo.

Salvar vidas

De acordo com o consultor e procurador Internacional para Hackers de Computadores e Propriedade Intelectual para América Latina e Caribe do Consulado-Geral dos EUA em São Paulo, Om Kakani, essa não é uma questão dos Estados Unidos ou do Brasil, mas de toda a sociedade civilizada. “É salvar vidas em escolas, em hospitais, em lugares públicos pelo país. Um ataque pode ser em lugar público, em qualquer lugar. Infelizmente essa é a realidade para todos. Não é só um problema para as polícias, os promotores, os procuradores, mas para toda a sociedade”, destacou.

O adido do Serviço Secreto americano no Brasil, Adam Lander, enfatizou que o treinamento vai permitir ampliar ainda mais a troca de experiências e informações entre os governos do Brasil e dos EUA. “Esse evento é muito importante, porque esse assunto, ataques de todas as escolas, é muito importante para todos nós”, opinou Lander.

Capacitação

O coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP (Ciberlab), Alesandro Barreto, explicou que o foco é a capacitação para integrar e fortalecer as instituições de segurança. “Juntos podemos proteger melhor as crianças e adolescentes no ambiente cibernético. Vamos aprender com as palestras como também compartilhar as boas práticas para evitarmos crimes de ataque a escolas, que possam ter origem na internet. Nosso principal objetivo é proteger nossas crianças e adolescentes”, disse Barreto.

Para o diretor de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi/Senasp/MJSP), Rodney da Silva, ataques em escolas é um problema que o país enfrenta desde 2002. “O trabalho do Ciberlab é prevenir, monitorar e acompanhar todos os casos e ocorrências possíveis, antes que aconteçam. A atuação na repressão de crimes cibernéticos, juntamente com a parceria com as delegacias de todo o país, é um trabalho conjunto, um esforço coletivo para prevenir crimes dessa natureza”, comentou Rodney.

Columbine

A secretária de Direitos Digitais, Lílian Cintra de Melo, classificou o treinamento como de extrema importância e que o momento atual é crítico e merece especial atenção. Ela se refere à tragédia de Columbine, quando, em 20 de abril de 1999, dois estudantes invadiram o colégio Columbine High School, na cidade de Littleton, no Colorado (EUA), mataram 12 colegas de classe e um professor e depois cometeram suicídio. Outras 23 pessoas ficaram feridas.

Por causa desse acontecimento, os meses de março e abril se tornaram motivo de maior inquietação e preocupação e as autoridades reforçam a vigilância.

Segundo Lilian, o momento atual é crítico e merece especial atenção, pois é preciso estar atento, criar e implementar medidas de prevenção para – se for o caso – ter condições de pronta resposta a qualquer eventual ataque. “Esse tipo de treinamento é extremamente relevante para que a gente tenha a oportunidade de aperfeiçoar nossos protocolos, atuar em todas essas frentes. O mais importante é proteger a vida das nossas crianças, proteger nosso ambiente escolar, evitando qualquer tipo de ataque”, ressaltou Lilian.

Programação

A programação é restrita a representantes do MJSP, por meio da Ciberlab/Diopi/Senasp e Secretaria de Direitos Digitais (Sedig), das polícias civis estaduais e militares, que atuam com o tema, Ministérios Públicos, Secretarias de Educação do DF e estados e Polícia Federal. O governo americano enviou especialistas do Departamento de Justiça e do Serviço Secreto (FBI).

Publicado originalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em 19/03/2024 – 18h40

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