Ronnie Lessa, acusado de executar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018, revelou os mandantes e detalhes dos assassinatos em uma delação premiada. Esta delação foi validada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou a validação da colaboração. Inicialmente, Lessa resistiu à ideia de colaborar com as investigações. No entanto, após ser implicado por Élcio de Queiroz como o atirador no caso, Lessa mudou de ideia e decidiu cooperar.
Em seu primeiro depoimento, que durou cerca de duas horas, Lessa deu informações cruciais, como a identificação de quem o contratou para cometer o crime. Ele detalhou as reuniões prévias e subsequentes ao crime com os contratantes, oferecendo uma visão interna dos preparativos e execução dos assassinatos.
Lessa apontou que os mandantes fazem parte de um influente grupo político no Rio de Janeiro, com interesses em várias áreas. Ele relatou reuniões com esses indivíduos, fornecendo evidências e motivações para o crime.
A investigação agora se concentra em confirmar as informações fornecidas por Lessa e atribuir as responsabilidades legais pelos assassinatos. O caso ganhou atenção do STF devido à possível implicação de um parlamentar do Congresso Nacional.
Em uma videoconferência realizada do presídio federal em Campo Grande, Lessa reafirmou as declarações dadas durante as investigações policiais do ano anterior, atendendo a uma das etapas para a homologação de sua delação.
Ronnie Lessa, que foi expulso da polícia militar do Rio de Janeiro e está preso desde 2019, decidiu colaborar após ser informado de que Élcio de Queiroz, outro acusado, estava cooperando com as autoridades. Essa decisão de Lessa de compartilhar o que sabia marcou um ponto de virada na investigação dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.
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