Lula adota postura conciliatória com os militares as vésperas do golpe de 64

Ricardo Stuckert/PR

À medida que se aproxima o aniversário do golpe militar de 1964, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua adotando uma postura de não confronto com as Forças Armadas.

Esta abordagem é evidenciada pela suspensão das celebrações oficiais em memória daquele evento histórico e pela hesitação em recriar a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, gerando críticas de historiadores.

Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou a recriação da comissão, uma iniciativa apoiada pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. No entanto, mesmo com uma minuta de decreto pronta desde março de 2023, Lula ainda não definiu quando isso ocorrerá, sinalizando uma abordagem cautelosa em relação ao tema.

Segundo informações veiculadas pela colunista Bela Megale, no Globo, Lula tem expressado preocupação com o “golpismo contemporâneo”, como o episódio ocorrido em 8 de janeiro do ano anterior, mais do que com os eventos de 1964.

Além disso, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, em acordo com os comandantes das Forças Armadas, decidiu pela ausência de manifestações oficiais dos militares da ativa no próximo dia 31 de março, buscando distensionar as relações entre o governo e as instituições militares.

Especialistas alertam para o risco de esquecer o passado, destacando a importância de recordar o golpe militar como forma de construir memória e evitar a repetição de novos ataques à democracia.

Redação:
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.