O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após novo episódio de interrupção no fornecimento de energia pela Enel Distribuição São Paulo, que deixou áreas centrais de São Paulo desabastecidas por mais de um dia, solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma investigação imediata e severa dos acontecimentos. Ele pede que a empresa seja responsabilizada e sofra punições severas.
O apagão impactou bairros como Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília e Vila Buarque, afetando procedimentos e exames na Santa Casa, que precisou usar geradores para manter operacionais suas áreas de internação e emergência. Cerca de 38 mil unidades consumidoras foram afetadas.
A Enel atende a 7,7 milhões de consumidores apenas na cidade de São Paulo e, de acordo com a Aneel, houve uma média de 10,43 horas de interrupção no fornecimento de energia em 2023. Algumas áreas continuavam sem energia até o começo da tarde seguinte.
“A interrupção de energia desta segunda-feira (18), junto com outras falhas já ocorridas nos serviços da Enel-SP, evidencia a incapacidade da empresa de oferecer um serviço de qualidade à população”, afirma o ministro.
O Ministério reitera que a Enel tem compromissos de qualidade estabelecidos em seu contrato de concessão, incluindo a manutenção de índices de qualidade no atendimento e na disponibilização de meios para a rápida solução de problemas, garantindo a continuidade de um serviço essencial. Ainda, o MME convocou Antonio Scala, presidente da Enel Brasil, para esclarecimentos em Brasília.
Em resposta, a Enel declarou que a interrupção foi causada por uma escavação da Sabesp que danificou cabos da rede subterrânea. A empresa mobilizou equipes técnicas para o reparo e forneceu geradores para um hospital e clientes prioritários, trabalhando em colaboração com a Sabesp para resolver a situação.
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