Em uma delação premiada recentemente homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-policial militar Ronnie Lessa detalhou os mandantes e as circunstâncias do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018 no Rio de Janeiro.
A delação, anunciada por Ricardo Lewandowski, ministro do STF, foi realizada sob a supervisão do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo informações divulgadas pelo portal G1, Lessa fez extensas revelações em um depoimento que durou cerca de duas horas, registrado tanto em áudio quanto em vídeo.
Ele descreveu como foi contratado para o crime, mencionando os mandantes e fornecendo detalhes das reuniões prévias e subsequentes ao assassinato.
Inicialmente resistente à ideia de uma delação premiada, Lessa decidiu cooperar após ser implicado por outro ex-policial militar, Élcio Queiroz, como o executor dos disparos que vitimaram Marielle e Gomes.
Lessa, que atualmente cumpre pena na penitenciária federal de Campo Grande (MS), foi condenado em 2021 a uma pena inicial de 4 anos e meio de reclusão, posteriormente aumentada para 5 anos, pela ocultação das armas usadas no crime. As autoridades afirmam que ele teria descartado as armas no mar da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
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