O Ministério da Saúde, liderado pela ministra Nísia Trindade, anunciou mudanças significativas em sua equipe diante da crise enfrentada pelos hospitais federais do Rio de Janeiro.
A primeira medida foi a demissão do diretor do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), Alexandre Telles, seguida de informações apontando a iminente exoneração do secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães, esperada para ser oficializada no Diário Oficial da União nesta terça-feira, 19.
As alterações ocorrem após sinais de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à autonomia ministerial, manifestados durante uma reunião ministerial no Palácio do Planalto, onde a gestão da crise sanitária, incluindo a situação dos yanomami, a epidemia de dengue, e os desafios dos hospitais federais do Rio, foi discutida.
Nísia Trindade destacou-se nessa reunião, abordando as pressões enfrentadas por influência do Centrão e expressando sua abordagem de liderança diante dos desafios.
Em resposta aos desafios apontados, a ministra recebeu uma “senha” de Lula para promover as alterações necessárias em sua pasta, a fim de enfrentar a crise da saúde no Rio, conforme reportagem do Valor.
A movimentação incluiu a substituição de Telles por Maria Aparecida Braga, que agora acumula a superintendência do Ministério da Saúde no Rio com a direção do DGH, marcando uma etapa importante na busca por melhorias na gestão dos hospitais federais.
O Ministério da Saúde reiterou seu compromisso em adotar as medidas necessárias para reconstruir e fortalecer os hospitais federais, garantindo o acesso à saúde pública de qualidade para a população do Rio de Janeiro.
A expectativa é que as mudanças na equipe contribuam para uma gestão mais eficaz e técnica, em contraste com as críticas de nomeações sem critérios técnicos destacadas em reportagens recentes.