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“Lutarmos até o final”. A estranha mensagem da esposa de Mauro Cid

Na manhã desta terça-feira (19) a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19 junto com outras 16 pessoas. Além do indiciamento, também tornou-se público o relatório que fundamenta […]

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Na manhã desta terça-feira (19) a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19 junto com outras 16 pessoas.

Além do indiciamento, também tornou-se público o relatório que fundamenta os indiciamentos com diversas provas, mensagens e transcrições de áudio dos investigados e uma das informações que chama a atenção é uma troca de mensagens entre a esposa do tenente-coronel Mauro Cid, Gabriela Cid e a promotora de Justiça Monique Cid dalla Lana Bohrer cheias de discursos anti-vacinação.

Porém, ao final do diálogo, Gabriela reforça que a retomada de medidas sanitárias contra a covid-19 seria “mais um motivo para lutarmos até o final”.

A conversa ocorreu no dia 11 de novembro de 2022, após os resultados do segundo turno das eleições daquele ano onde o ex-presidente Jair Bolsonaro saiu derrotado do pleito.

Vale ressaltar que no período em que este dialogo ocorreu, o marido de Gabriela estava empenhado numa trama visando sustar o resultado das eleições, buscando organizar civis, miliares e empresários o que acabou culminando com os ataques de 8 de janeiro. Na ocasião, segundo as investigações da PF, seu marido, ao lado de Bolsonaro e outros militares buscava maneiras de impedir a posse do então presidente eleito Lula.

O relatório da PF ainda revela um outro diálogo da esposa do militar agora com uma pessoa identificada como Cristina Lima Bezerra, onde faz um longo discurso de teor conspiratório atacando as vacinas mas também cheio de insinuações afirmando que “as máscaras estão caindo” e que “tudo que aconteceu até agora, foi realmente necessário. É… A gente tá tendo noção de como é o sistema todo”.

Não seria a primeira vez que Gabriela fala em tom conspiratório já que ainda no ano passado, uma série de diálogos entre ela e Ticiana Villas Bôas, filha do general Villas Bôas, após o segundo turno, foram divulgados.

No diálogo elas defendem uma nova eleição, com voto impresso, e a destituição do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que segundo Gabriela “tem que cair”. Ela também defende que Brasília seja invadida como no dia 7 de setembro daquele ano.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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