Especialistas chineses falam sobre como ganhar a guerra tecnológica contra os EUA

Shutterstock / Tomasz Makowski

Em recente encontro em Pequim, durante a Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Zeng Yi, delegado e líder da China Electronics Corporation com sede em Shenzhen, destacou as preocupações crescentes com a diferença tecnológica entre a China e os Estados Unidos, especialmente no campo da inteligência artificial (IA).

Segundo Zeng, apesar dos esforços significativos, a distância entre as capacidades de IA dos dois países permanece considerável.

O encontro, que faz parte das reuniões anuais do principal órgão consultivo político da China, trouxe à tona discussões sobre a importância da autossuficiência em ciência e tecnologia.

Este tema é visto como crucial para a transformação econômica da China em um momento marcado por restrições tecnológicas crescentes impostas pelos EUA.

Zeng expressou preocupação com o ritmo acelerado de desenvolvimentos em IA, enfatizando a necessidade de ações decisivas e inovadoras para evitar que a lacuna tecnológica se alargue ainda mais.

Ele argumentou que os desafios enfrentados no desenvolvimento tecnológico não se limitam a avanços específicos ou à aquisição de talentos, mas envolvem uma gama ampla de fatores.

A China, que tem dependido de importações de chips e outros equipamentos tecnológicos essenciais dos EUA, encontra-se numa posição delicada devido às sanções americanas que limitam o acesso a componentes cruciais como os processadores gráficos avançados da Nvidia.

Diante dos avanços recentes como o lançamento do Sora e do ChatGPT pela OpenAI, empresas estatais e privadas chinesas são instadas a acelerar o desenvolvimento tecnológico interno.

A Huawei Technologies e a ZTE são exemplos de empresas que têm investido fortemente em pesquisa e desenvolvimento de chips de IA, mostrando o empenho do país em fechar a lacuna tecnológica.

O relatório da Academia Chinesa de Tecnologia da Informação e Comunicação destaca que a China ocupa o segundo lugar em poder de computação global, incluindo chips de IA, com 33% do mercado, logo atrás dos EUA com 34%. A posição da China indica sua competitividade no setor, apesar dos desafios enfrentados.

Com informações da SCMP

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