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Lula inaugura o marco zero do complexo de mineração no Brasil

Nesta quarta-feira (13/3), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa da inauguração do Complexo Mineroindustrial da EuroChem, em Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro. Com investimento de US$ 1 bilhão, esta é a primeira unidade de mineração da empresa fora do continente europeu. A previsão é que o complexo chegue a fornecer 1 […]

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REPRODUÇÃO

Nesta quarta-feira (13/3), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa da inauguração do Complexo Mineroindustrial da EuroChem, em Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro. Com investimento de US$ 1 bilhão, esta é a primeira unidade de mineração da empresa fora do continente europeu. A previsão é que o complexo chegue a fornecer 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano para a agricultura brasileira — o equivalente a 15% da produção nacional. Toda a produção do Complexo será destinada ao mercado interno, para apoiar a produtividade da agricultura brasileira e, como consequência, fortalecer a segurança alimentar das gerações presentes e futuras.

“A vinda da EuroChem para o Brasil e o investimento numa planta como essa não é apenas a demonstração de que essa empresa acredita no que está acontecendo no Brasil. É que essa empresa sabe que o Brasil está se transformando muito rapidamente no celeiro do mundo, não apenas do ponto de vista da produção de carne, soja, de milho e de cana, mas do ponto de vista também da produção de energia renovável”, disse Lula, ao destacar que o Brasil é imbatível neste momento em que o mundo discute transição energética e mudanças climáticas.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que esse investimento é importantíssimo e que vem ao encontro à Nova Indústria Brasil, que tem como pilares a inovação, competitividade e indústria verde com a descabonização. “É um investimento de US$ 1 bilhão: 1,2 mil empregos,  1 milhão de toneladas de fosfatado aqui produzidos, isso representa 15% da produção brasileira. Nós vamos deixar de importar, para minerar e fabricar aqui, gerando emprego e renda”, citou.

Alckmin considerou que o Brasil vive um bom momento para receber investimentos. “Depois de um ano do governo do presidente Lula, o risco-Brasil que era 254, caiu para 128; o dólar que era R$5,40 baixou para R$4,90. O desemprego e a inflação também caíram. Por outro lado, subiram o Produto Interno Bruto, a bolsa de valores e a renda das famílias brasileiras. É a maior renda desde o plano real, desde 1995. É o maior crescimento da renda brasileira”, citou.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o governo do presidente Lula tem um compromisso com a segurança alimentar das pessoas, por isso, o trabalho da pasta é focado em uma mineração mais segura, socialmente justa e ambientalmente sustentável.  “Hoje, além da inauguração da planta de fertilizantes, também estamos lançando um novo plano de mapeamento geológico e levantamento de recursos minerais para o Brasil.  Esse planejamento vai permitir que a mineração do Brasil saiba para onde está indo. Com esse mapeamento, seremos capazes de aproveitar o solo de forma mais eficiente e produtiva”, disse.

Silveira também confirmou que será feita a instalação do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), sendo que a ideia do ministro é propor, na primeira reunião do CNPM, a criação do Programa de Mineração para a Segurança Alimentar.  O ministro ressaltou, ainda, que o aumento da produção dos fertilizantes no Brasil vai impactar na produção de alimentos, que é a grande vocação do Brasil. “O fertilizante mais barato também vai beneficiar a produção agrícola e baixar o preço dos alimentos que chegam no prato dos brasileiros. Essa dependência internacional [desse produto] vai acabar”, afirmou. 

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Henrique Baqueta Fávaro, lembrou que, nos últimos dias, a agropecuária brasileira tem registrado diversos avanços, entre eles, a habilitação histórica pelo governo chinês de 38 novas plantas frigorificas de uma única vez. “Significa a confiança no Brasil, o respeito à nossa diplomacia, aos laços de amizades com a volta do presidente Lula ao comando do nosso País”, disse, ao detalhar ainda que recebeu um comunicado do governo das Filipinas para autorizar comercialização de proteína animal de 127 plantas frigorificas brasileiras.

Complexo Mineroindustrial da EuroChem, em Serra do Salitre – O Complexo integra, em um único local, desde a extração do fosfato, matéria-prima principal, até a produção de fertilizantes granulados. Além de 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados, a planta industrial produzirá 1 milhão de toneladas anuais de ácido sulfúrico e 240 mil toneladas de ácido fosfórico, subprodutos usados no processo de produção do próprio fertilizante.

O empreendimento tem área total de quase 20 milhões de m². A companhia espera envolver mais de 1,5 mil colaboradores, com atuação direta, indireta e contínua na operação. Durante as obras, foram gerados 3,5 mil empregos diretos no Complexo, com a adoção de uma política de desenvolvimento e capacitação profissional que prioriza a contratação de mão-de-obra local.

A unidade conta com sistema de barragens composto por três estruturas geotécnicas, um Centro de Monitoramento e Controle Geotécnico e a realização de inspeção visual diariamente. O empreendimento inclui radar, sistema de câmeras a jusante e instrumentos automatizados que permitem o monitoramento em tempo real, 24 horas por dia e sete dias por semana.

“Inauguramos a operação de uma nova planta integrada de fertilizantes, e isso significa extração de minério, beneficiamento e transformação em uma única operação para levar fertilizante ao nosso campo. Temos trabalhado por uma mineração mais segura, socialmente justa e ambientalmente sustentável”, afirmou o ministro Alexandre Silveira.

PLANO NACIONAL 

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. O país é responsável, atualmente, por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, ocupando a quarta posição, atrás apenas da China, Índia e dos Estados Unidos. No entanto, mais de 80% dos fertilizantes utilizados no Brasil são importados, evidenciando um elevado nível de dependência externa.

Para mudar esse cenário, o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, aprovou em novembro as diretrizes, metas e ações do novo Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). O principal objetivo é chegar a 2050 com uma produção nacional capaz de atender entre 45% e 50% da demanda interna, além de gerar oportunidades e empregos para os brasileiros.

Fonte: Agência Gov

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