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Brasil vai atrás de investimento dos EUA para indústria de semicondutores

Em um encontro realizado em Washington D.C. na última quinta-feira, 13, representantes do Brasil e dos Estados Unidos discutiram o início de conversas para expandir a cooperação bilateral na indústria de semicondutores. A embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luísa Viotti, e o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviço do Ministério da Indústria, […]

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Em um encontro realizado em Washington D.C. na última quinta-feira, 13, representantes do Brasil e dos Estados Unidos discutiram o início de conversas para expandir a cooperação bilateral na indústria de semicondutores.

A embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luísa Viotti, e o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviço do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, lideraram as discussões.

O principal objetivo dessa parceria é estabelecer o Brasil como um fornecedor estratégico na cadeia de suprimentos de semicondutores do mercado norte-americano, focando nas etapas de produção conhecidas como “back end”, que incluem encapsulamento, testes e design. O Brasil já possui expertise e infraestrutura para contribuir significativamente nessas áreas.

Moreira destacou a existência de fundos americanos dedicados a fortalecer a cadeia de suprimentos com países parceiros e expressou otimismo quanto ao interesse dos EUA em colaborar com o Brasil.

“Os EUA possuem vários fundos para estimular a expansão de sua cadeia de suprimentos nos países próximos. E temos percebido um grande interesse deles em trabalhar com o Brasil, dada a nossa capacidade e o nosso potencial para atuar em alguns elos da cadeia. Uma cooperação nesse nível expande nossa capacidade tecnológica, ao mesmo tempo em que gera emprego de qualidade e melhor renda no Brasil”, explicou.

Segundo ele, tal cooperação tem o potencial de avançar a capacidade tecnológica do Brasil, além de criar empregos de alta qualidade e aumentar a renda no país.

O Brasil conta atualmente com 11 empresas atuantes no segmento de semicondutores, focadas no “back end”, gerando um faturamento anual de aproximadamente R$ 5 bilhões.

O país também é reconhecido por sua capacidade de gerar conhecimento e formar mão de obra qualificada na área, especialmente em desenvolvimento de softwares e soluções de design.

Moreira mencionou o papel fundamental do programa Padis, reativado pelo governo Lula em 2023, e dos financiamentos do BNDES e Finep no desenvolvimento do setor de semicondutores no Brasil.

Sob a liderança do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, o governo trabalha para expandir e aperfeiçoar esses programas, com um foco especial em incentivos à exportação para mercados como os EUA e além.

O secretário destacou o sucesso das conversas na embaixada como um passo importante para posicionar o Brasil de forma proeminente no radar do setor de semicondutores nos Estados Unidos, visando atrair investimentos para o segmento.

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