Filipe Martins, anteriormente assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, está sob investigação por inconsistências em seu registro de viagem. Documentos de imigração dos Estados Unidos indicam sua entrada no país em 30 de dezembro de 2022.
Paralelamente, registros da companhia aérea Latam apontam para um embarque de Brasília para Curitiba em 31 de dezembro, levantando questões sobre a veracidade de suas alegações.
Este conflito de informações é parte central da argumentação para sua prisão preventiva. Martins negou ter deixado o Brasil no período em questão, sustentando sua viagem interna de Brasília a Curitiba. O site Poder360 relata que essa versão foi corroborada pela Latam ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Federal (PF) avalia as possibilidades de Martins ter ido a Curitiba ou deixado o Brasil, investigando potenciais falsificações nos registros de entrada nos Estados Unidos. Esta discrepância sugere tentativas de ocultar o paradeiro de Martins das autoridades.
Informações adicionais destacam a conferência do passaporte de Martins pelas autoridades de imigração norte-americanas durante a chegada de uma comitiva liderada pelo então presidente Jair Bolsonaro. Um registro de “chegada” em Orlando, Flórida, também foi identificado no formulário I-94.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, solicitou à Latam confirmação sobre o embarque de Martins e ao Aeroporto de Brasília imagens dos embarques relacionados, ampliando o escopo da investigação.
Martins, suspeito de contribuir para uma tentativa de golpe de Estado, negou em depoimento qualquer envolvimento em atividades golpistas e afirmou desconhecer esforços para a criação de documentos com esse intuito. Sua defesa foi contatada, mas não emitiu resposta até o momento.