Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, confirmou em depoimento à Polícia Federal que o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde, sugeriu mobilizar as Forças Armadas com o objetivo de contestar o resultado da eleição presidencial.
Freire Gomes relatou que, diante da proposta de Pazuello de promover uma “ação militar” para prevenir a posse do governo eleito, interpretou a sugestão como um ato político, considerando a impossibilidade de Pazuello influenciar diretamente as Forças Armadas devido à sua posição de reservista e deputado federal eleito.
O ex-comandante enfatizou a postura do Exército contra qualquer intervenção que visasse alterar o desfecho eleitoral.
Este posicionamento foi registrado em um depoimento concedido em 2 de março, cujos detalhes foram divulgados pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A menção a Pazuello insere o ex-ministro da Saúde no contexto das investigações sobre uma possível tentativa de golpe, marcando sua primeira vinculação pública a esta questão.
Considerando seu status de deputado federal, Pazuello estaria sujeito a prisão apenas sob circunstâncias específicas, com um julgamento potencial ocorrendo no STF.
Informações previamente divulgadas pelo portal UOL em setembro do ano passado já haviam indicado uma consulta de Jair Bolsonaro aos comandantes das Forças Armadas sobre um plano golpista após as eleições de 2022.
Relatos incluídos nesse contexto apontaram que os líderes da Aeronáutica e do Exército rejeitaram a proposta.
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