Em uma reunião realizada nesta quinta-feira, 14, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiu com ministros a recente alta nos preços dos alimentos e antecipou uma expectativa de queda de aproximadamente 20% no preço do arroz em breve.
O encontro abordou os desafios enfrentados pelo setor de alimentação e bebidas, que impactaram bruscamente na inflação entre novembro e janeiro, influenciados por questões climáticas adversas em várias regiões do país.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a natureza sazonal do aumento dos preços, enfatizando o compromisso do presidente em tornar os alimentos mais acessíveis à população.
“É uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo brasileiro. Todas as evidências é que já baixou. Teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor”, explicou.
Por sua vez, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, informou que a expectativa é que os preços reduzidos ao produtor sejam repassados aos consumidores, especialmente para o arroz, com a chegada de novos estoques a preços menores entre março e abril.
Fávaro também mencionou os desafios específicos enfrentados pelo Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do país, incluindo enchentes que afetaram as áreas de cultivo e causaram instabilidades nos preços. No entanto, com a colheita em andamento, já há uma redução nos preços aos produtores, o que deve ser refletido nos preços ao consumidor.
“O Rio Grande do Sul produz praticamente 85% do arroz consumido no Brasil e tivemos enchentes no Rio Grande do Sul exatamente nas áreas produtoras, o que deu certa instabilidade. O fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para em torno de R$ 100 a saca”, disse.
“O que esperamos é que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado, que é onde as pessoas compram”, disse.“A gente espera, então, que com o caminhar da colheita, que chegamos a 50% e 60% nos próximos dias, da colheita de arroz, esse preço ainda ceda um pouco mais”, completou.
Além disso, os ministros discutiram mudanças previstas para o próximo plano safra 2024/25, visando incentivar a produção de alimentos essenciais como arroz, feijão, milho, trigo e mandioca.
Medidas para estimular a diversificação das regiões produtoras e incentivos específicos para a agricultura familiar estão entre as ações planejadas para garantir a redução dos preços dos alimentos e o aumento da renda dos produtores.
A reunião contou com a presença de outros ministros e do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, reforçando a importância de uma abordagem integrada para enfrentar os desafios do setor agropecuário e garantir a segurança alimentar no país.
Por fim, o governo Lula reafirmou o compromisso de tomar medidas adicionais, se necessário, para assegurar a estabilidade dos preços dos alimentos e apoiar tanto a agricultura familiar quanto o agronegócio.
Com informações da Agência Brasil