O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que não fornecerá recursos financeiros para auxiliar a Ucrânia em seu conflito com a Rússia caso seja reeleito, de acordo com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, após uma reunião entre ambos.
Orbán, que apoia ativamente a candidatura de Trump à presidência, encontrou-se com o líder republicano na Flórida na última sexta-feira.
“Ele não dará um centavo para a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, e portanto, a guerra chegará ao fim”, afirmou Orbán em uma entrevista à televisão estatal no domingo. “Como é evidente, a Ucrânia não consegue se manter sozinha.”
“Se os norte-americanos não fornecerem recursos financeiros e armamentos, e os europeus também não o fizerem, a guerra chegará ao fim. E se os norte-americanos não concederem financiamento, os europeus não serão capazes de sustentar esse conflito por si próprios, resultando assim no seu término.”
Orbán tem resistido à ideia de enviar armamentos para Kiev e mantido laços econômicos estreitos com Moscou desde a invasão das forças russas à Ucrânia em 2022. O primeiro-ministro húngaro encontrou-se pela última vez com o presidente russo, Vladimir Putin, em outubro, na China, mesmo diante dos esforços da União Europeia para isolar a Rússia.
O primeiro-ministro destacou que a maneira como o conflito será encerrado por meio de negociações de paz após uma trégua, e como uma Europa estável e segura será alcançada, são “outras questões”. No entanto, ele ressaltou que a paz deve ser alcançada primeiramente e que Trump “possui os meios para isso”.
Uma declaração emitida pela campanha de Trump não mencionou especificamente a Ucrânia, afirmando apenas que o ex-presidente discutiu com Orbán questões que afetam ambos os países, incluindo a segurança de suas fronteiras.
Os líderes europeus têm expressado preocupação há tempos sobre a possibilidade de um segundo mandato de Trump resultar na redução do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia e à aliança militar ocidental, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Com informações da Reuters
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