O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que Fernando Haddad, titular da Fazenda, foi convidado a integrar o Conselho de Administração da Petrobras. Esta decisão enfatiza a importância da colaboração entre o ministério e a estatal nas tomadas de decisões estratégicas.
A inclusão de Haddad no conselho vem na esteira de uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma reunião que abordou divergências internas quanto à política de dividendos da companhia.
Em particular, discutiu-se a não distribuição dos dividendos extraordinários do quarto trimestre de 2023 aos acionistas, conforme relatado por fontes governamentais ao jornal O Globo.
A controvérsia surgiu quando Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, defendeu a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários, proposta rejeitada pelo conselho, que decidiu por unanimidade alocar 100% dos lucros em uma reserva estatutária.
Esta decisão, apoiada tanto por Silveira quanto por Lula, visava preservar a saúde financeira da Petrobras, mantendo seu endividamento abaixo do limite de US$ 65 bilhões e assegurando os planos de investimento da empresa.
A postura da empresa e a subsequente reação do mercado financeiro, que viu uma queda nas ações da Petrobras, gerou discussões sobre o equilíbrio entre os interesses dos acionistas e os interesses nacionais.
Lula reiterou a posição de que a Petrobras deve atender não apenas aos acionistas mas também ao povo brasileiro, marcando uma definição clara das prioridades da administração atual em relação à gestão da estatal.