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EUA continuam sendo os mercenários do mundo ao manter liderança no comércio de armas

O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) destacou os Estados Unidos como o principal exportador de armas do mundo, com mais de 40% das vendas globais nos últimos cinco anos. Em contrapartida, a Rússia registrou uma queda superior a 50% em suas exportações, atribuída ao redirecionamento de sua produção de defesa […]

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O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) destacou os Estados Unidos como o principal exportador de armas do mundo, com mais de 40% das vendas globais nos últimos cinco anos.

Em contrapartida, a Rússia registrou uma queda superior a 50% em suas exportações, atribuída ao redirecionamento de sua produção de defesa para o conflito na Ucrânia, conforme reportagem do Valor.

Este cenário também reflete a resposta dos EUA ao enviar armamentos significativos para Kiev e a preocupação com as ambições militares da China, impulsionando as vendas americanas, especialmente para aliados asiáticos.

Segundo o SIPRI, a metodologia de análise em períodos quinquenais revela tendências de longo prazo no comércio de armas, evidenciando uma expansão no papel dos EUA como fornecedor global, um movimento considerado estratégico para sua política externa.

A Rússia, anteriormente uma concorrente direta dos EUA, agora ocupa a terceira posição no ranking, superada pela França, que se posicionou como o segundo maior exportador. China e Alemanha completam a lista dos cinco maiores, responsáveis por 75% das exportações de armas no mundo.

Os EUA aumentaram suas exportações em 17%, expandindo sua participação no mercado de 34% para 42%, e enviaram armamentos para 107 países. Notavelmente, a Ucrânia emergiu como um importador significativo, representando 4,7% das exportações dos EUA no período analisado.

As exportações de armas da Rússia sofreram um declínio acentuado, caindo 52% de 2022 para o ano seguinte, impactadas pela necessidade de apoiar suas operações militares na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, a China, que enviou armamentos para 40 países, enfrentou reduções em suas exportações e importações, refletindo desafios de substituir equipamentos russos por produção nacional.

O aumento da influência militar chinesa parece ser um fator chave nas vendas de armas dos EUA para países aliados, com crescimentos significativos nas exportações para o Japão, Coreia do Sul e Austrália. Este fenômeno é ilustrado pelo aumento de 161% nas vendas de armas dos EUA para o Japão nos últimos cinco anos.

Enquanto isso, a França ascendeu ao segundo lugar como maior exportador global, quase dobrando suas exportações através do aumento das vendas de aviões de combate Rafale, especialmente para o Oriente Médio e regiões da Ásia, que buscam diversificar suas fontes de armamentos além dos EUA e Rússia.

Crédito/Foto: Getty Images

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