O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou que o conflito na Ucrânia tem sido “uma bênção para a economia dos EUA”, durante uma reunião do Conselho de Concorrência da Casa Branca na terça-feira (5). Austin destacou que o envolvimento militar dos EUA no conflito permitiu a criação de mais empregos no setor militar-industrial norte-americano.
“A assistência militar norte-americana à Ucrânia não só salvou vidas e manteve o país na luta, mas também fortaleceu a economia dos EUA”, afirmou Austin. Ele ressaltou que os investimentos na defesa ampliaram as instalações e geraram empregos para os trabalhadores norte-americanos em todo o país.
Austin também destacou a necessidade de fortalecer a produção militar e coordenar esforços com os aliados dos EUA. Ele instou os legisladores norte-americanos a aprovarem um pacote de segurança nacional destinado a fornecer US$ 60 bilhões para Kiev, embora o projeto de lei permaneça paralisado no Congresso devido à oposição dos republicanos.
Os Estados Unidos têm sido o principal apoiador militar da Ucrânia, fornecendo cerca de US$ 45 bilhões em armas entre janeiro de 2022 e janeiro de 2024, de acordo com o Instituto de Kiel para a Economia Mundial. No entanto, alguns críticos argumentam que esse apoio pode prolongar o conflito, incluindo a Rússia, que denunciou os envios de armas ocidentais para a Ucrânia como exacerbadores da situação.
O debate sobre o nível de assistência dos EUA à Ucrânia permanece dividido entre os norte-americanos, com uma sondagem do Pew Research Center indicando que 31% acreditam que os EUA estão prestando apoio em excesso, enquanto 29% consideram o nível atual apropriado.
Representantes da administração Biden defendem que a maior parte dos fundos para a Ucrânia é gasta dentro dos EUA, mas alguns republicanos criticam a alocação de recursos para países estrangeiros em vez de resolver questões internas.