A Polícia Federal avalia positivamente a delação premiada acordada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os investigadores destacam, porém, que a continuidade do acordo está condicionada à integral cooperação de Cid em seu próximo depoimento, agendado para a segunda-feira, 11. A informação é da colunista Bela Megale, no Globo.
Será exigido que o militar responda a todas as indagações dos delegados, incluindo temas ainda não abordados em depoimentos anteriores.
A manutenção dos benefícios da colaboração, que inclui a liberdade do tenente-coronel e foi validada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), depende de Cid fornecer informações adicionais necessárias à investigação.
Falhar em atender a este requisito pode resultar na revogação do acordo, com todas as declarações anteriormente feitas sendo utilizadas como prova, inclusive contra ele e seus familiares.
Entre os pontos cruciais a serem esclarecidos no depoimento está a tentativa de golpe de Estado, atribuída a Bolsonaro, membros de seu governo e militares.
Um aspecto específico a ser detalhado é a reunião ministerial de 5 de julho de 2022, apontada como evidência da “dinâmica golpista” do governo da época, mas que não foi mencionada anteriormente por Mauro Cid.
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