Apple decidiu descontinuar seu projeto de veículo elétrico, uma iniciativa que marcou sua entrada na indústria automobilística há dez anos, conforme informado por uma fonte à Reuters.
Este encerramento ocorre em um período de retração nos investimentos em veículos elétricos, por parte de fabricantes globais, diante de uma queda na demanda. Outro fator relevante foi o aumento brutal na participação das montadoras chinesas nesse mercado.
Funcionários alocados ao projeto serão transferidos para a divisão de inteligência artificial da empresa, indicou a Bloomberg News, que reportou inicialmente a notícia. A Apple não emitiu comentários sobre o assunto.
Ben Bajarin, CEO da Creative Strategies, opinou sobre o impacto da decisão da Apple: “Se for verdade, a Apple colocará mais foco na GenAI e isso deverá dar aos investidores mais otimismo sobre os esforços da empresa e a capacidade de competir em nível de plataforma em IA”.
Este movimento da Apple vem após a empresa manter uma abordagem reservada em relação à inteligência artificial, diferentemente de outras gigantes tecnológicas como Alphabet e Microsoft.
A notícia surge em um momento desafiador para a Apple, que viu um crescimento mais lento em sua participação de mercado e enfrenta uma demanda reduzida por seus produtos principais, especialmente na China. Além disso, o aumento das taxas de juros afetou a demanda por veículos elétricos, forçando cortes de produção e empregos no setor.
Grandes fabricantes, incluindo a Tesla, reavaliaram seus investimentos em veículos totalmente elétricos, com alguns mudando o foco para veículos híbridos. Elon Musk, CEO da Tesla, comentou sobre o término do projeto da Apple com uma publicação nas redes sociais.
Conhecido internamente como Projeto Titan, o esforço da Apple no setor automotivo começou há uma década, com expectativas de lançamento entre 2024 e 2025. No entanto, enfrentou diversos desafios, incluindo uma reestruturação em 2019 e mudanças no conceito de design.
O fim do projeto de carro elétrico da Apple marca um ponto de inflexão na estratégia da empresa, enquanto ela busca reorientar seus esforços em áreas como inteligência artificial em meio a um ambiente de mercado cada vez mais competitivo.
Crédito/Foto: Yifan Ding/Getty Images
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