O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) está finalizando uma investigação contra Carlos Bolsonaro, vereador pelo Republicanos-RJ, por alegações de peculato, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Segundo informações obtidas pela colunista Juliana Dal Piva, do ICL Notícias, a 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, responsável pelo caso, acredita ter reunido evidências suficientes para encerrar a investigação.
Essa conclusão foi alcançada após a análise dos dados de quebra de sigilo bancário de Carlos e outros 26 investigados, entregue no início de fevereiro.
Revelações anteriores indicaram que Carlos Bolsonaro e Ana Cristina Siqueira Valle, segunda esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, receberam cerca de R$ 476,8 mil em depósitos de origem não identificada em suas contas desde 2005.
A investigação também detalhou pagamentos específicos para Ana Cristina Valle, ex-chefe de gabinete de Carlos, totalizando R$ 385,8 mil em 177 depósitos, e depósitos feitos por Jair Bolsonaro a ela.
Carlos Bolsonaro foi apontado por receber R$ 91.088 em sete depósitos entre 2008 e 2015, com as quebras de sigilo bancário autorizadas judicialmente em maio de 2021.
A investigação, que teve início após uma reportagem de 2019, apontou a existência de funcionários fantasmas no gabinete do vereador, incluindo sete parentes de Ana Cristina Valle.
O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ, ao autorizar a quebra de sigilo, mencionou indícios contundentes de atividades criminosas organizadas, apontando Carlos Bolsonaro como o possível líder da organização.