O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou a liberação de um financiamento no valor de R$ 290 milhões para a empresa Adata.
Este aporte tem como objetivo ampliar a capacidade produtiva nacional no setor de semicondutores, abrangendo a fabricação de três novos tipos de circuitos integrados.
Segundo informações veiculadas pela coluna Painel S.A da Folha de S. Paulo, os semicondutores desenvolvidos serão aplicados em uma diversidade de equipamentos eletrônicos, como notebooks, desktops, servidores, televisores, automóveis e smartphones.
A iniciativa faz parte do Programa BNDES Mais Inovação, inserido no planejamento anual do banco que prevê investimentos totais de R$ 5,3 bilhões em projetos inovadores em 2023, com grande parte dos recursos voltados para financiamentos diretos.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, ressaltou que o financiamento permitirá à Adata adquirir equipamentos avançados sem equivalentes nacionais, contribuindo para o fortalecimento da infraestrutura tecnológica do Brasil e a redução da dependência de tecnologias importadas.
Os investimentos totais da Adata nos três novos semicondutores somam R$ 374 milhões, dos quais 77% serão cobertos pelo financiamento do BNDES.
Entre os produtos a serem desenvolvidos, destaca-se o DDR5, que promete velocidades de até 8,4 Gbps e uma redução de 20% no consumo de energia.
O LPDDR5, direcionado para notebooks e celulares, visa oferecer alta eficiência energética e dimensões compactas. O uMCP, por sua vez, é voltado especialmente para smartphones, com o intuito de facilitar a implementação da tecnologia 5G.
Para a Adata, empresa de origem taiwanesa e uma das líderes globais no fornecimento de produtos de memória, o financiamento representa uma estratégia importante para consolidar sua atuação no mercado brasileiro e contribuir para o avanço tecnológico do país. Paulo Jr., presidente da companhia, enfatizou a importância dos semicondutores para a competitividade e permanência no mercado global.