Emmanuel Macron, presidente da França, provocou reações intensas da esquerda francesa após admitir a hipótese de enviar tropas para combater ao lado da Ucrânia no conflito contra a Rússia.
Jean-Luc Mélenchon, um dos líderes da esquerda francesa, criticou veementemente a postura belicista de Macron, afirmando que o envio de tropas tornaria a França beligerante e que a guerra contra a Rússia seria uma loucura.
Mélenchon argumentou que a escalada verbal entre duas potências nucleares já é um ato irresponsável e defendeu a busca por uma solução pacífica através de negociações.
“Enviar tropas para a Ucrânia nos tornaria beligerantes. A guerra contra a Rússia seria uma loucura. Esta escalada verbal beligerante de uma potência nuclear contra outra grande potência nuclear já é um ato irresponsável. O Parlamento deve dizer não. Sem guerra! Já é tempo de negociar a paz na Ucrânia com cláusulas de segurança mútua!”, explicou.
Além disso, o jornal Humanité, vinculado ao Partido Comunista Francês, classificou o discurso de Macron como “extremamente bélico e ofensivo”.
Em uma reunião realizada no Palácio do Eliseu na segunda-feira, 26, Macron anunciou que vários países europeus fornecerão mísseis e bombas de médio e longo alcance para apoiar a Ucrânia no conflito com a Rússia.
O presidente francês não descartou a possibilidade de um futuro envio de tropas, durante o encontro que contou com a presença de 20 líderes de Estado e governos de países membros da Otan.