Uma inovadora empresa de tecnologia jurídica, Bench IQ, baseada em Toronto, anunciou recentemente que desenvolveu uma ferramenta utilizando inteligência artificial capaz de analisar e prever o comportamento de juízes em casos judiciais, conforme reportagem da Reuters.
Fundada por Jimoh Ovbiagele, ex-cofundador da ROSS Intelligence, junto com Maxim Isakov e Jeffrey Gettleman, ex-profissionais da mesma empresa e da Kirkland & Ellis, respectivamente, a Bench IQ levantou US$ 2,1 milhões em uma rodada de financiamento pré-semente.
Os financiadores incluem as firmas de capital de risco Maple e Haystack, bem como investimentos de escritórios de advocacia renomados como Cooley, Fenwick & West e Wilson Sonsini Goodrich & Rosati.
Ovbiagele destacou que a tecnologia de IA da empresa fornece insights detalhados sobre os padrões decisórios dos juízes, abrangendo todas as suas decisões judiciais, uma promessa que se estende além das capacidades de análise tradicionais.
Apesar de manter detalhes da tecnologia sob sigilo por motivos de patentes pendentes, a empresa já atraiu a atenção de 12 grandes escritórios de advocacia, que participam como clientes “piloto“.
A estrutura de preços da Bench IQ será adaptável, variando conforme o porte do escritório e suas necessidades específicas.
Entre os seus primeiros clientes piloto, Marty Waters, sócio da Wilson Sonsini, expressou sua confiança na ferramenta, afirmando a importância de entender o raciocínio por trás das decisões judiciais para formular estratégias eficazes.
A iniciativa de Ovbiagele, Gettleman e Isakov surge em um momento de crescente interesse por aplicações de IA no setor jurídico, com várias startups atraindo investimentos significativos.
Bench IQ se destaca neste cenário competitivo ao focar na análise explicativa do raciocínio jurídico dos juízes, em contraposição às abordagens meramente descritivas comuns no mercado.
A fundação da Bench IQ ocorre após o encerramento da ROSS Intelligence, anterior empresa de Ovbiagele, que fechou as portas em meio a uma disputa legal com a Thomson Reuters.
O processo, que ainda está pendente, acusava a ROSS de usar indevidamente conteúdo da plataforma Westlaw para treinar sua IA. Ovbiagele mantém a ROSS ativa apenas para fins legais, enfrentando as acusações enquanto também busca reivindicações antitruste contra a Thomson Reuters.
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