O Brasil alcançou um marco histórico na importação de fertilizantes em janeiro deste ano, com a entrada de 2,77 milhões de toneladas, um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 2,41 milhões de toneladas.
O Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destacou que o Porto de Paranaguá liderou essa importação com 1 milhão de toneladas, seguido pelo Porto de Santos com 800 mil toneladas, enquanto os portos do Arco Norte movimentaram 310 mil toneladas.
Esse aumento na importação reflete uma estratégia dos agricultores, que adiaram as compras de nitrogenados para o início de 2024, especialmente para o plantio da segunda safra de milho, replicando a abordagem usada com a soja nos meses de julho e agosto de 2023.
Esse planejamento permitiu a aquisição de grandes volumes de fosfato e potássio a preços vantajosos, indicando uma previsão de aumento nos estoques de passagem de fertilizantes para o ano.
No cenário de exportações, a soja continua dominando, com 2,85 milhões de toneladas comercializadas em janeiro, superando significativamente as 840 mil toneladas do mesmo período no ano passado.
O Paraná se destacou com uma rápida colheita de soja, resultando em um volume recorde de exportação para o mês. As exportações de milho, por outro lado, apresentaram uma redução para 4,88 milhões de toneladas em janeiro, influenciadas pela menor demanda da China e pela concorrência do milho argentino.
O Boletim também abordou a situação dos fretes rodoviários, indicando uma tendência de alta nas rotas de Minas Gerais devido à necessidade de espaço para a safra de grãos 2023/24. Em contrapartida, Mato Grosso registrou uma desaceleração atípica nos preços dos fretes em janeiro.
Outros estados, como Goiás, Paraná, Maranhão e o Distrito Federal, enfrentaram baixa nos preços dos fretes devido a diversos fatores, incluindo a fraca demanda e perspectivas negativas para a safra de grãos 2023/24.
O Boletim Logístico da Conab, publicado mensalmente, oferece uma análise abrangente dos aspectos logísticos do setor agropecuário brasileiro, incluindo o fluxo de exportações, movimentação de cargas e levantamento das principais rotas de escoamento da safra.
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