Menu

Projeto aumenta rigor no descarte de baterias de produtos eletrônicos

Projeto em análise no Senado torna mais rigorosas as regras para o descarte de pilhas e baterias de produtos eletrônicos (PL 194/2024). Autor do texto, o senador Wilder Morais (PL-GO) afirma que o objetivo da proposta é regular a produção e a destinação final de baterias de aparelhos, como celulares e tablets, para diminuir o […]

1 comentário
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
AGÊNCIA SENADO

Projeto em análise no Senado torna mais rigorosas as regras para o descarte de pilhas e baterias de produtos eletrônicos (PL 194/2024). Autor do texto, o senador Wilder Morais (PL-GO) afirma que o objetivo da proposta é regular a produção e a destinação final de baterias de aparelhos, como celulares e tablets, para diminuir o impacto ambiental desses itens.

O projeto altera a legislação sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010), que já estabelece que pilhas e baterias precisam ser incorporadas em sistemas de logística reversa, ou seja, com o retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana. A implementação do sistema é responsabilidade de fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes.

Pelo texto, os fabricantes de baterias deverão informar aos usuários finais sobre a forma de substituição dos itens e sobre a proporção de seus materiais componentes. O processo de fabricação deverá seguir parâmetros que garantam a reciclagem dos componentes.

A proposta estabelece prazo até 1º de janeiro de 2028 para a fabricação e venda de baterias portáteis de produtos eletrônicos que sejam “facilmente removidas e substituídas pelo próprio usuário final”. A regra visa, segundo o autor, evitar que “milhões de aparelhos eletrônicos sejam precocemente inutilizados, como hoje se observa, devido à dificuldade de substituição de suas baterias”.

O projeto também busca promover sustentabilidade ao incentivar a reciclagem dos materiais componentes de baterias e pilhas, como lítio, cobalto, níquel e cobre, que são considerados perigosos para a saúde e para o meio ambiente.

“A proposta alinha-se com o que se denomina economia circular, que abrange todo o ciclo de vida de um produto, evitando-se desperdícios e um consumo desnecessário de novos aparelhos eletrônicos, de modo a proteger o meio ambiente, evitar o descarte de produtos altamente tóxicos presentes em materiais componentes de baterias e incentivar a recuperação e reciclagem desses componentes”, afirmou Wilder Morais na justificativa do projeto.

A proposta ainda aguarda a distribuição, pela Mesa do Senado, à análise das comissões temáticas da Casa.

Fonte: Agência Senado

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Ligeiro

27/02/2024 - 08h54

Toda ideia que parece “boa” muitas vezes é “óbvia” também. O projeto para que aparelhos permitam trocar as baterias é válido, mas neste caso o ideal é que tal projeto não seja só brasileiro, dado que comercialmente para uma empresa, ela só vai mudar o projeto de um produto quando ou um “cliente relevante” (o grupo do Euro por exemplo forçando a Apple a usar o USB-C ) e/ou um incidente (a questão das baterias no Note 7 da Samsung) fazer-se necessário.

Um ponto sobre logística reversa e que poderia melhorar a lei seria na verdade regular os pontos de coleta de reciclagem. Os mesmos operam aparentemente de forma “cinzenta”, dado que que muitas vezes é descartado no local itens que tem valor no mercado de reciclagem – como o cobre. E com isso acaba incentivando o furto de cabos e itens públicos em locais abertos.

Uma legislação mais focada na regulação da reciclagem seria bem mais relevante. Talvez “estatizar” e monopolizar a coleta de recicláveis seria uma forma interessante de inibir furtos e incentivar a coleta seletiva.


Leia mais

Recentes

Recentes