O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, comunicou aos jornalistas nesta terça-feira que a empresa tem a expectativa de contar com um novo sócio na Braskem, com quem dividirá a gestão da petroquímica, atualmente majoritariamente controlada pela Novonor, ex-Odebrecht.
Atualmente, a Petrobras possui 36,1% do capital total da Braskem e 47% do capital votante, enquanto a Novonor detém 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total.
Em novembro, o grupo petrolífero de Abu Dhabi, Adnoc, fez uma oferta não vinculante de 10,5 bilhões de reais pela participação da Novonor.
Prates afirmou que a Petrobras está observando o processo de venda da participação da Novonor na Braskem e está em conversas para conhecer os potenciais parceiros que poderão se tornar sócios, em igualdade de condições e um novo arranjo societário.
Ele também destacou que a Petrobras poderá exercer ou não direito de preferência no final das negociações, mas que a intenção não é essa.
Prates ressaltou a importância de ter um sócio com quem a Petrobras possa trabalhar em igualdade de condições. Durante um evento para apresentar uma tecnologia para descarbonizar atividades de produção de petróleo, ele detalhou que é natural que numa nova estrutura, com um parceiro de mesmo tamanho, haja co-gestão, de igual para igual.
Sobre os preços dos combustíveis, Prates afirmou que não há razão, por enquanto, para ajustá-los, destacando que a estratégia comercial da Petrobras busca seguir indicadores de preços internacionais, evitando repassar volatilidades externas aos clientes.
Ele também reiterou a defesa da retomada da gestão da refinaria Rlam, na Bahia, informando que há a expectativa de acertar detalhes de um acordo com o Mubadala para retomar o controle da operação da unidade até o final do primeiro semestre.
Com informações da Reuters