A China recentemente divulgou um conjunto de diretrizes éticas para empresas que desejam realizar pesquisas invasivas com chips cerebrais em seres humanos, visando acompanhar os avanços da Neuralink, empresa do empreendedor americano Elon Musk. Essas diretrizes foram estabelecidas pelo Subcomitê de Ética em Inteligência Artificial do Comitê de Ética Nacional de Ciência e Tecnologia, uma unidade do Conselho de Estado da China.
As principais orientações incluem:
- Consentimento por Escrito: Empresas de tecnologia devem obter consentimento por escrito, seja dos indivíduos que planejam receber interfaces cérebro-computador (BCIs) implantadas em suas cabeças ou de seus responsáveis legais.
- Foco na Saúde e Bem-Estar: O propósito fundamental da pesquisa em BCIs deve ser assistir, aprimorar e reparar funções sensoriomotoras ou melhorar as interações entre humanos e computadores, visando o bem-estar humano.
- Aprovação Governamental: As empresas precisam de aprovação do governo para realizar pesquisas em BCIs em seres humanos. Além disso, devem concluir ensaios clínicos em animais antes de implantar chips cerebrais em pacientes.
- Proteção da Privacidade e Informações Pessoais: As empresas devem garantir a proteção da privacidade e das informações pessoais das pessoas.
- Ética e Legalidade: As empresas não devem conduzir atividades ilegais, infringir direitos legítimos das pessoas, prejudicar a estabilidade social ou fazer publicidade falsa sobre as capacidades de seus produtos.
Essas diretrizes surgiram após a Neuralink ter implantado com sucesso um chip cerebral em um ser humano pela primeira vez em janeiro. O paciente, cuja identidade não foi divulgada, acredita-se ser uma pessoa com quadriplegia devido a lesão na medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como Doença de Lou Gehrig.
Além disso, a China está investindo em suas próprias empresas de tecnologia e instituições de pesquisa envolvidas em inteligência artificial, a próxima iteração da internet (chamada de “metaverso”) e a criação de robôs humanoides e BCIs. Entre as startups de BCIs na China estão a NeuraHua, NeuraMatrix, Shanghai StairMed Technology e BrainUp Technology.
Embora a China esteja avançando rapidamente na pesquisa em BCIs, ainda enfrenta desafios, como a falta de neuropixels comercializados (eletrodos de próxima geração que registram a atividade de centenas de neurônios) e a necessidade de importar componentes de alta qualidade dos EUA. No entanto, o país está comprometido em desenvolver algoritmos de processamento de sinais cerebrais e aprimorar a interface entre cérebro e computador para beneficiar a saúde e a qualidade de vida das pessoas.
A Neuralink, fundada por Elon Musk, tem sido pioneira na pesquisa de BCIs, mas a China está determinada a competir nesse campo. A aplicação potencial dessas tecnologias é vasta, desde ajudar pacientes com deficiências físicas a controlar dispositivos com a mente até melhorar a eficiência da comunicação e a compreensão do cérebro humano.
Em resumo, as diretrizes éticas da China para pesquisas em BCIs refletem o compromisso do país em equilibrar o avanço científico com a proteção dos direitos e bem-estar dos indivíduos. À medida que a tecnologia evolui, é essencial manter um diálogo contínuo sobre ética, privacidade e segurança para garantir que essas inovações beneficiem a humanidade como um todo.
[1]: https://menafn.com/1107889185/China-Unveils-Guidelines-For-Brain-Chip-Research “”
[2]: https://tribune.com.pk/story/2455669/china-adopts-ethical-guideline-for-brain-computer-interface-research “”
[3]: https://bing.com/search?q=China+unveils+guidelines+for+brain+chip+research “”
[4]: https://www.scmp.com/news/china/science/article/3247420/china-unveils-new-artificial-intelligence-guidelines-scientists-and-bans-use-funding-applications “”
[5]: https://omicstutorials.com/china-unveils-ethical-guidelines-for-brain-computer-interface-research/ “”