Diante da recusa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em se retratar pela declaração que comparou o massacre de civis palestinos ao Holocausto, o governo de Israel adota postura cautelosa, evitando escalar a crise diplomática.
Conforme relatos da CNN, Tel Aviv manterá Lula como “persona non grata” e monitorará os desdobramentos sem romper os laços diplomáticos.
De acordo com fontes, Israel não busca agravar a crise e distingue as opiniões governamentais das da população. No entanto, pondera que medidas adicionais podem ser consideradas, dependendo das futuras manifestações do presidente brasileiro sobre o conflito em Gaza.
Israel expressa preocupação com a posição de Lula, que considera um desvio do histórico papel do Brasil como país neutro e equilibrado no conflito palestino-israelense.
Além disso, há temores de que essa postura possa distanciar o Brasil de países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e França, e potencialmente contribuir para o crescimento do antissemitismo.
Autoridades brasileiras refutam essa interpretação, argumentando que o país não se afasta de suas relações internacionais, especialmente diante das críticas enfrentadas pelo governo israelense. Enfatizam que o foco do Brasil está na situação dos civis palestinos e nas consequências humanitárias do conflito em Gaza.
O presidente Lula tem sido uma voz proeminente na condenação das ações do governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino.
Desde outubro, Netanyahu é responsável pela morte de milhares de palestinos, ferimentos em dezenas de milhares, deslocamento de centenas de milhares e destruição de infraestrutura em Gaza.
Rabinos judeus ortodoxos também expressaram apoio às declarações de Lula, comparando as ações de Netanyahu a práticas ainda mais graves do que as nazistas.