Nesta segunda-feira, 20, militantes houthis do Iêmen relataram um ataque ao navio de carga Rubymar no Golfo de Áden, levantando preocupações sobre a segurança do transporte marítimo global e a intensificação da campanha houthi em solidariedade aos palestinos durante o conflito em Gaza. Vídeo publicado pela Sputnik supostamente mostra o momento do afundamento do Rubymar.
Os Houthis, que são alinhados com o Irã, têm realizado uma série de ataques com drones e mísseis desde novembro, principalmente no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandab. Apesar das retaliações das forças dos EUA e do Reino Unido contra instalações Houthi, os ataques persistem.
O porta-voz militar Houthi, Yahya Sarea, já havia confirmado que a tripulação do Rubymar estava segura, mas que o navio sofreu danos graves e estava em risco de afundamento. O navio, registrado no Reino Unido, foi atacado no domingo. Além do ataque ao Rubymar, os Houthis também derrubaram um drone dos EUA sobre o porto iemenita de Hodeidah, de acordo com Sarea.
O Comando Central Militar dos EUA (CENTCOM) confirmou que dois mísseis balísticos antinavio foram lançados de áreas controladas pelos Houthis no Iêmen, visando o Rubymar em 18 de fevereiro.
Apesar do dano causado, as operações de resgate foram realizadas com sucesso, com a tripulação sendo evacuada e levada para Djibouti por outro navio comercial.
A empresa de segurança LSS-SAPU, responsável pela segurança do Rubymar, informou que a tripulação foi evacuada após o impacto dos mísseis.
As preocupações com a segurança na rota marítima do Golfo de Áden persistem. Essa rota representa aproximadamente 12% do tráfego marítimo global, e algumas empresas optaram por rotas mais longas e caras via extremo sul da África.
Os Houthis, por sua vez, reiteraram sua determinação em continuar os ataques a navios ligados a Israel em solidariedade aos palestinos até que os ataques na Faixa de Gaza cessem, aumentando ainda mais a tensão na região e colocando em alerta as operações marítimas globais.
Paulo Werneck
22/02/2024 - 23h40
A ONU não consegue fazer nada. Os pobretões dos Houthis conseguem. Incrível.