Clã Bolsonaro apela para o mimimi vitimista

Toda metida a valentona quando abusava do poder, a famiglia Bolsonaro não para mais de chorar. Diante das operações de busca e apreensão da Polícia Federal – que nesta segunda-feira (29) atingiram o filhote 02 do ex-presidente, Carluxo Bolsonaro –, ela resolveu apelar para o mimimi vitimista.

O clã que sempre propagou ódio e violência agora só choraminga. Jura que está sendo “perseguido”, que as ações policiais aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) visam “esculachar” o paizão e seus pimpolhos. Apologista da ditadura militar e das torturas, o clã se diz vítima do autoritarismo e da censura.

Em entrevista à TV Jovem Pan – sempre a mesma Jovem Klan –, o ex-presidente fujão negou as operações de monitoramento ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo. Para ele, a operação da PF que atingiu seu filho é “uma perseguição implacável… No meu entender, o objetivo é esculachar”.

No maior cinismo, o “capetão” ainda blefou: “Eu tinha minha inteligência particular. O que é a minha inteligência? Não é um braço da Abin ou braço da PF. A minha inteligência particular são as pessoas que eu conheço não só no Brasil como ao redor do mundo. Sempre que algo acontece, eu ligo para essas pessoas”.

Na mesma batida vitimista, Flávio e Eduardo – os filhotes 01 e 03 do ex-presidente – também choramingaram.

“Abin paralela que não existe e é investigada pela PF paralela de Lula; a democracia sendo destruída por quem diz defendê-la. Não vamos desistir do Brasil!”, postou o senador Flávio Rachadinha (PL-RJ).

Já o deputado Dudu Bananinha (PL-SP) disparou no X, antigo Twitter, contra o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que o mandado de busca e apreensão foi “genérico” e penalizou inocentes.

Vitimismo serve para o rebanho bolsonarista

Como apontou Leonardo Sakamoto no site UOL, o chororô do clã é puro cinismo. “Bolsonaro faz vitimismo barato para seus seguidores.

Ninguém chegou esculachando o filho do ex-presidente como outras vezes outras polícias fazem na periferia das grandes cidades, olhando a cor de pele da pessoa e classe social e esculacha.

Foi tudo muito respeitoso, muito educado e seguindo a lei que rege toda investigação. Só que para Bolsonaro, a família dele não pode ser investigada”.

Como lembra, essa conduta já virou um método dos neofacistas.

“Isso é muito comum no bolsonarismo: você tem de um lado o bate e arrebenta, e de outro o vitimismo. As duas coisas parecem contraditórias, mas elas convivem. Nesse momento do vitimismo, é o bolsonarismo falando para seu rebanho: ‘me abraça e me defenda, porque eu coitadinho estou sendo atacado’. Não é coitado, é mimimi”.